Por que minerar bitcoin já não é rentável: entenda os desafios e custos crescentes

Samanta Schulz
By Samanta Schulz 5 Min Read

Minerar bitcoin já não é rentável para a maioria dos investidores, tanto amadores quanto profissionais, diante do aumento significativo da dificuldade matemática do processo e dos custos operacionais elevados. O mecanismo que garante a segurança da rede bitcoin foi projetado para dificultar progressivamente a mineração, limitando a quantidade total de moedas a serem geradas e exigindo poder computacional cada vez maior. Essa característica, que garante a escassez do ativo, tem tornado o processo mais caro e menos lucrativo.

O principal fator que faz minerar bitcoin já não ser rentável é o custo da eletricidade, que representa a maior despesa operacional dos mineradores. De acordo com estudos recentes, dependendo do país e do custo da energia local, é necessário gastar entre US$ 137 mil e US$ 200 mil para obter 1 bitcoin atualmente. Considerando que o preço médio do bitcoin está na faixa de US$ 105 mil, fica claro que os gastos com energia já superam os ganhos obtidos pela mineração, tornando o processo financeiramente inviável.

Além do custo alto de energia, a dificuldade crescente das operações matemáticas exigidas para minerar bitcoin já não é rentável porque exige equipamentos especializados cada vez mais potentes e caros. Mineradores profissionais utilizam chips específicos chamados ASICs, que são desenvolvidos exclusivamente para mineração de criptomoedas, com maior eficiência energética e velocidade. Mesmo assim, o aumento contínuo da dificuldade das operações e o consumo elétrico desses dispositivos mantém os custos em alta.

Para os mineradores domésticos, minerar bitcoin já não é rentável faz tempo, pois computadores pessoais comuns não possuem a capacidade necessária para competir com as máquinas profissionais. O gasto de energia elétrica de um PC comum supera em muito o valor recebido em bitcoin, o que leva a prejuízos constantes. Dessa forma, o processo passou a ser reservado para grandes operações com escala, acesso a energia barata e tecnologia de ponta, excluindo a participação do investidor individual.

Outro ponto importante que faz minerar bitcoin já não ser rentável é a competição acirrada entre mineradores. À medida que mais participantes entram no mercado, a divisão das recompensas diminui, e é necessário maior poder computacional para manter a mesma probabilidade de ganhos. Isso aumenta a necessidade de investimentos em equipamentos avançados e energia, dificultando a sustentabilidade financeira da atividade, especialmente para quem opera com margens reduzidas.

A questão ambiental também tem ganhado atenção, já que minerar bitcoin já não é rentável sem considerar o impacto energético. O alto consumo de eletricidade em larga escala levanta debates sobre a sustentabilidade da mineração, levando algumas regiões a restringir ou taxar essas operações. Isso pressiona os custos para os mineradores, que precisam buscar fontes de energia renováveis ou mais econômicas para tentar viabilizar financeiramente a mineração.

Mesmo com a rentabilidade reduzida, o interesse por minerar bitcoin ainda existe devido à valorização da criptomoeda no longo prazo. No entanto, para que minerar bitcoin seja viável, é necessário um planejamento rigoroso, acesso a energia com custo competitivo e tecnologia atualizada. Caso contrário, o processo tende a gerar prejuízos, confirmando que minerar bitcoin já não é rentável para a maior parte dos participantes do mercado atual.

Por fim, a evolução constante do mercado cripto e a entrada de novos mecanismos de consenso, como o proof of stake adotado por outras redes, podem transformar a forma de obtenção de criptomoedas. Por enquanto, a mineração tradicional do bitcoin enfrenta desafios que confirmam que minerar bitcoin já não é rentável para a maioria, principalmente para pequenos e médios investidores, tornando essencial avaliar os custos antes de se aventurar nessa atividade.

Autor: Samanta Schulz

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