Bitcoin dispara 10%, mas retomada da tendência de alta ainda não está confirmada, afirma analista

Samanta Schulz
By Samanta Schulz 4 Min Read

Atentado contra Donald Trump impulsiona alta do Bitcoin e reacende debates sobre as probabilidades de uma nova máxima histórica no curto prazo, mas analista alerta que, antes, há uma resistência crucial a ser superada.

Em um fim de semana marcado pelo atentado contra o candidato republicano e defensor das criptomoedas, Donald Trump, o Bitcoin
BTC

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R$351.786

ganhou força para rapidamente romper as resistências em torno de US$ 58.500 e US$ 60.000, renovando o alento dos touros.

O tiro que acertou de raspão a orelha de Trump durante comício em Butler, na Pensilvânia, fez com que as chances de vitória do candidato republicano atingissem a máxima histórica de 71% no mercado preditivo descentralizado Polymarket, servindo de catalisador para uma alta de 10% do preço do Bitcoin imediatamente após o incidente.

Cotado a US$ 57.150 na tarde de sábado, 13 de julho, o par BTC/USD fechou a semana negociado a US$ 60.800 no domingo, 14, de acordo com dados da CoinGecko. Foi a primeira vela verde semanal do Bitcoin em mais de dois meses.

A confirmação de que Trump vai participar da “Bitcoin 2024”, a principal conferência dos EUA dedicada à maior criptomoeda do mercado, animou ainda mais os touros nas primeiras horas desta segunda-feira, 15, quando o preço do BTC chegou aos US$ 63.328.

A probabilidade da renovação da máxima histórica ainda este mês voltou aos debates, conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil.

No entanto, para que a reversão de tendência e a retomada do mercado de alta se confirmem, o Bitcoin terá que superar uma resistência crucial na região dos US$ 63.900, afirmou Arthur Driessen, da Crypto Investidor, em uma análise exclusiva para o Cointelegraph Brasil:

“Caso consiga romper essa resistência, o Bitcoin estará marcando seu primeiro topo ascendente no gráfico diário, sinalizando o início da reversão de tendência que vai nos levar até os US$100 mil.”

Até o início da noite desta segunda-feira, a resistência mencionada por Driessen não havia sido testada. Caso o rali impulsionado pelo atentado contra Trump perca força, será importante monitorar “a formação de um pivô de alta ou de um padrão de ombro-cabeça-ombro invertido” (setas em azul no gráfico abaixo) para tentar antecipar os próximos movimentos da ação de preço do Bitcoin, alertou o analista.

“Caso não consiga romper o topo dos US$ 63.900 pode haver um novo movimento de baixa com um fundo projetado na região de US$ 48.000 a U$50.500” (setas vermelhas no gráfico acima), completou.

Sob uma perspectiva otimista, o momentum de alta pode ser fortalecido pelo gap nos mercados futuros de Bitcoin da CME (Bolsa Mercantil de Chicago), acrescentou Driessen:

“Como tivemos um final de semana de alta no mercado à vista, os futuros de BTC da CME, que fecham na sexta-feira e reabrem na segunda-feira, abriram com um gap que vai dos US$ 57.845 até os US$ 60.845.”

Embora os gaps em sua “grande maioria sejam eventualmente fechados, não existe uma regra determinando que eles necessariamente precisam ser fechados”, ponderou o analista.

Dólar enfraquecido pode beneficiar ativos de risco
Enquanto o Bitcoin volta a dar sinais de força, o Índice de Força do Dólar (DXY) encontra-se em uma zona crítica, afirmou o analista da Crypto Investidor:

“O DXY está testando a zona de suporte do seu fundo anterior, na região dos 104 pontos. Caso venha a perder esse suporte, O DXY confirmará um pivô de baixa, podendo voltar a testar regiões de 102,3 a 100,6 pontos.”

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