Automação: o novo aliado dos administradores fiduciários  

Samanta Schulz
By Samanta Schulz 5 Min Read
Rodrigo Balassiano

O especialista Rodrigo Balassiano frisa que a administração fiduciária de fundos tem passado por profundas transformações com o avanço da tecnologia e da automação. O papel tradicional dos administradores fiduciários, marcado por processos manuais e checagens operacionais repetitivas, vem sendo substituído por soluções digitais mais ágeis, seguras e eficientes. Essa evolução não apenas otimiza a rotina operacional, mas também fortalece o controle de riscos e a transparência nas gestões de fundos.

Como a tecnologia está revolucionando a administração fiduciária?

Nos últimos anos, sistemas de gestão automatizados e plataformas baseadas em inteligência artificial começaram a fazer parte do dia a dia dos administradores fiduciários. Essas ferramentas são capazes de processar grandes volumes de dados em tempo real, facilitando o monitoramento das operações, a verificação de conformidades e a geração de relatórios precisos, atualizados e acessíveis. Esse novo cenário permite respostas mais ágeis às demandas regulatórias e operacionais.

Rodrigo Balassiano informa que a integração de diferentes sistemas, como os de custódia, contabilidade e compliance, em plataformas únicas também permite uma visão consolidada da gestão dos fundos. Isso reduz a possibilidade de erros humanos e garante maior consistência nas informações analisadas, promovendo mais segurança e assertividade nas decisões. Com isso, o administrador fiduciário pode se concentrar em tarefas mais estratégicas e analíticas, com foco em agregar valor à governança dos fundos.

Quais são os principais benefícios da automação para os fundos?

A automação contribui diretamente para o aumento da eficiência operacional, com processos mais rápidos, integrados e menos suscetíveis a falhas. Por exemplo, atividades como o controle de prazos, conferência de cotas, distribuição de resultados e verificação de aderência às políticas do fundo tornam-se mais confiáveis com o uso de robôs e algoritmos específicos que garantem precisão contínua. Isso traz mais confiança para todos os participantes envolvidos.

Rodrigo Balassiano
Rodrigo Balassiano

Outro ponto positivo é a redução de custos. A eliminação de etapas manuais e o ganho de produtividade permitem que as gestoras e administradoras operem com maior escala, mantendo a qualidade da supervisão fiduciária mesmo em estruturas mais enxutas. Rodrigo Balassiano explica que isso beneficia diretamente os cotistas, que passam a contar com uma estrutura mais robusta, eficiente e orientada a resultados. Além disso, torna os fundos mais competitivos em um mercado cada vez mais dinâmico.

Quais os desafios da digitalização nesse setor?

Apesar das vantagens, a adoção da tecnologia exige investimento e preparo. A transição de sistemas legados para novas plataformas demanda tempo, treinamento de equipes e revisão de processos internos, além de uma governança clara para garantir a integridade das informações e a continuidade das operações em ambientes digitais. Muitas vezes, também é necessário adaptar a cultura organizacional para essa nova realidade.

Segundo Rodrigo Balassiano, outro desafio importante é o equilíbrio entre automação e julgamento humano. A tecnologia deve ser uma aliada na tomada de decisões, mas não substituir completamente o olhar crítico e ético do administrador fiduciário. Afinal, seu papel é zelar pelos interesses dos investidores, o que exige discernimento, responsabilidade e sensibilidade além dos números. Por isso, a atuação humana ainda é essencial, mesmo em um ambiente altamente automatizado.

O futuro é digital, mas com propósito

A tecnologia veio para ficar na administração fiduciária de fundos. A automação promove maior agilidade, precisão e segurança, ao mesmo tempo em que libera os profissionais para atuar com mais inteligência e estratégia. Mas é essencial que essa evolução mantenha o foco no propósito fiduciário: a proteção e valorização dos recursos dos investidores. Por isso, é notável que a combinação entre inovação tecnológica e responsabilidade ética é o caminho para um mercado financeiro mais eficiente, transparente e confiável.

Autor: Samanta Schulz

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