Imposto: Receita Federal já tem dados de Bitcoins e criptomoedas de usuários no exterior e vai cobrar taxa em 2026

Samanta Schulz
By Samanta Schulz 6 Min Read

O avanço do uso de criptomoedas, como o Bitcoin, tem gerado um grande impacto no sistema financeiro global, e a Receita Federal do Brasil está atenta a essa transformação. A partir de 2026, a Receita Federal já terá acesso a dados sobre transações de criptomoedas realizadas por brasileiros no exterior, incluindo o Bitcoin, e pretende cobrar taxas sobre essas operações. Essa medida visa garantir a fiscalização adequada e a arrecadação de impostos relacionados aos ganhos obtidos com ativos digitais. Portanto, a integração de informações fiscais relacionadas a criptomoedas será um passo significativo para o controle do uso de moedas digitais.

A Receita Federal do Brasil tem intensificado o monitoramento de transações com criptomoedas, especialmente o Bitcoin, por meio de parcerias com entidades internacionais. A partir de 2026, o Fisco brasileiro contará com um sistema mais robusto de rastreamento de transações realizadas no exterior, o que inclui o Bitcoin e outras criptomoedas. Isso ocorre devido à crescente utilização dessas moedas digitais, que muitas vezes são utilizadas para transações internacionais e investimentos, o que dificulta o acompanhamento das receitas geradas. O objetivo é garantir que os contribuintes brasileiros que realizam operações no exterior, especialmente em criptomoedas, estejam em conformidade com as obrigações fiscais.

O impacto dessa decisão da Receita Federal será significativo, pois a cobrança de impostos sobre o Bitcoin e outras criptomoedas exigirá que os investidores e usuários dessas moedas se ajustem à nova realidade tributária. A partir de 2026, qualquer transação realizada com Bitcoin ou outras criptomoedas que envolva um ganho de capital será passível de tributação, caso a operação seja considerada de lucro. Isso significa que aqueles que obtiverem ganhos com a compra e venda de criptomoedas, ou mesmo com o uso dessas moedas para outros fins, deverão pagar impostos sobre essas operações, como ocorre com outros tipos de ativos financeiros.

Além disso, a Receita Federal também exigirá que os contribuintes informem suas operações com criptomoedas no exterior por meio da Declaração de Imposto de Renda. Para o Bitcoin e outras criptomoedas, será necessário detalhar todas as transações realizadas, incluindo a aquisição, venda e troca por outros ativos ou moedas. Essa medida tem como objetivo garantir que os brasileiros não escapem da tributação de suas atividades no mercado de criptomoedas, o que pode gerar um grande aumento na arrecadação do governo federal nos próximos anos.

A implementação dessas novas regras fiscais será gradual, com a Receita Federal começando a coletar dados sobre criptomoedas no exterior nos próximos anos, com a previsão de uma fiscalização mais rígida já a partir de 2026. O governo brasileiro está adotando medidas semelhantes às de outros países que já começaram a tratar o Bitcoin e outras criptomoedas como ativos financeiros sujeitos a tributação. A tendência é que, com o tempo, as regras fiscais se tornem mais claras e as obrigações para os usuários de criptomoedas se tornem mais rigorosas, tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Os investidores que atuam com Bitcoin ou outras criptomoedas precisam estar cientes de que, além da fiscalização das transações, a Receita Federal também estará atenta a possíveis omissões de rendimentos. A partir de 2026, quem não declarar seus ganhos com criptomoedas ou não pagar os impostos devidos poderá ser alvo de multas e até de processos judiciais. Portanto, é essencial que os usuários de Bitcoin e criptomoedas adotem uma postura proativa em relação à declaração e ao pagamento de tributos, buscando sempre cumprir as exigências fiscais de forma correta.

É importante ressaltar que o imposto sobre o Bitcoin e outras criptomoedas será cobrado de forma progressiva, com base no valor dos lucros obtidos. Assim, aqueles que realizarem transações de pequeno porte podem pagar uma taxa mais baixa, enquanto os investidores de grande porte terão uma tributação mais alta sobre seus lucros. Esse modelo é semelhante ao utilizado para a tributação de ações e outros ativos financeiros no Brasil, o que contribui para um tratamento mais justo e equânime entre os contribuintes, independentemente do porte da operação.

Em conclusão, a medida da Receita Federal, que visa rastrear e tributar transações com Bitcoin e outras criptomoedas realizadas no exterior, representa uma mudança significativa no tratamento fiscal desses ativos. Com a coleta de dados e a imposição de tributos a partir de 2026, o governo brasileiro busca aumentar a arrecadação e combater a evasão fiscal relacionada a esses ativos digitais. Para os investidores e usuários de criptomoedas, isso significa a necessidade de maior transparência e conformidade com a legislação tributária, o que, a longo prazo, contribuirá para uma maior segurança jurídica no mercado de criptomoedas no Brasil.

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